O painel intitulado Peru, Brasil e África: Evolução dos Novos Mercados na SiGMA Europa contou com as percepções de especialistas da indústria, incluindo Maurizo Soccodato, Fundador e CEO da Global Lab; Ohad Straschnov, Diretor Sênior de Conformidade da Soft2Bet; Victor Borg Barthet, Diretor e CEO da Air Dice Malta; e Danilo Arrichiello, Gerente de Desenvolvimento de Negócios da PG Gaming. Juntos, os palestrantes exploraram as dinâmicas complexas de conformidade, risco e oportunidades nos mercados emergentes de jogos.
Em territórios novos como América Latina e África, os ambientes regulatórios frequentemente são inconsistentes ou subdesenvolvidos, apresentando tanto desafios quanto possibilidades para operadores e provedores. O Brasil, por exemplo, ilustra a dificuldade de gerenciar a conformidade regulatória em estados fragmentados, onde altas taxas e mandatos volúveis criam uma incerteza operacional significativa. Em regiões como o Peru e vários países africanos, provedores e desenvolvedores de jogos enfrentam obstáculos adicionais para garantir que suas ofertas atendam a regulamentos indefinidos ou aplicados de forma inconsistente.
Maurizo Soccodato iniciou a discussão com um foco na estabilidade da conformidade, enfatizando a importância de estabelecer estruturas confiáveis que possam reduzir os riscos operacionais para empresas que ingressam nessas regiões. Ohad Straschnov destacou o cenário regulatório único do Brasil, que exige uma navegação cuidadosa entre os requisitos estaduais e federais, acrescentando que altas taxas e obrigações financeiras imprevisíveis dificultam a entrada tanto para operadores B2C quanto B2B.
Victor Borg Barthet compartilhou percepções sobre como as mudanças regulatórias afetam os provedores de jogos, observando que os requisitos frequentemente mudam de forma inesperada, especialmente em novos mercados, onde os reguladores locais ainda estão refinando seus frameworks de conformidade. Os laboratórios de testes, como reguladores da indústria, frequentemente enfrentam dificuldades para obter uma direção clara das autoridades, o que complica ainda mais a entrada nesses mercados.
Os palestrantes compartilharam um sentimento comum sobre a importância da comunicação aberta entre reguladores e stakeholders da indústria, defendendo uma abordagem transparente e colaborativa para garantir uma entrada mais tranquila no mercado e o alinhamento regulatório. “Antes de entrar em qualquer mercado, fazer a lição de casa — engajar-se com parceiros locais, reguladores e equipes de conformidade — garante uma entrada mais suave e em conformidade”, observou Straschnov.
Em última análise, o painel enfatizou que estruturas regulatórias equilibradas e informadas localmente — combinadas com uma comunicação clara e proativa — são essenciais para o crescimento e a estabilidade nos mercados emergentes. Com esses pilares em vigor, os mercados no Brasil, Peru e África têm o potencial de se tornar espaços prósperos e bem regulados para a indústria de jogos e seus consumidores.
