35 indonésios deportados após operação em departamento ilegal de POGO nas Filipinas

O Departamento de Imigração das Filipinas (BI) deportou 35 cidadãos indonésios de Cebu após serem detidos trabalhando em um hub não autorizado de Operações de Jogos Offshore das Filipinas (POGO). Esses indivíduos, em sua maioria na faixa dos 20 e 30 anos, foram expulsos do país após uma operação coordenada em agosto que envolveu várias agências governamentais, incluindo o Bureau Nacional de Investigação (NBI), as Forças Armadas das Filipinas (AFP) e a Comissão Presidencial contra o Crime Organizado (PAOCC). Eles partiram do Terminal 3 do Aeroporto Internacional Ninoy Aquino (NAIA) em 22 de outubro.

A operação de 31 de agosto teve como alvo um resort no Barangay Agus, na cidade de Lapu-Lapu, onde as autoridades encontraram estações de trabalho improvisadas usadas para jogos de azar on-line ilegais e atividades suspeitas de golpes. O comissário do NBI, Joel Anthony Viado, destacou o compromisso do governo em encerrar as operações de POGO não autorizadas, afirmando que não será tolerada nenhuma forma de jogo online ilegal. Ele emitiu um severo alerta para estrangeiros envolvidos em atividades ilícitas. Os indivíduos deportados agora estão incluídos na lista restritiva de reentrada nas Filipinas, reforçando a postura de tolerância zero do governo contra o trabalho não autorizado no país.

NBI investiga principais suspeitos por trás dos departamentos de POGO

Dando continuidade ao combate às operações ilegais de POGO, o escritório distrital do NBI em Cebu realizou outra operação em 23 de outubro, visando o escritório e os aposentos privados de Zhao Shou Qi, um cidadão chinês suspeito de coordenar as atividades ilegais em Lapu-Lapu. Zhao foi inicialmente preso em 30 de agosto junto com outros 169 estrangeiros e é apontado como o mentor de uma rede sofisticada de jogos de azar ilegais e tráfico humano.

A busca recente, autorizada por um novo mandado judicial, focou no escritório e quarto de Zhao no Edifício 8 do Tourist Garden Hotel. Agentes do NBI, em colaboração com o Conselho Contra Lavagem de Dinheiro (AMLC), apreenderam sete cofres de aço, computadores, documentos comerciais e registros ligados às atividades de Zhao. As autoridades acreditam que esses materiais possam fornecer evidências essenciais para casos em andamento de tráfico humano qualificado e violações das leis de combate à lavagem de dinheiro. Arnel Pura, agente responsável pelo NBI em Cebu, afirmou que as evidências confirmam a participação direta de Zhao no controle das operações de POGO, incluindo a exploração de trabalhadores estrangeiros detidos.

Filipinas reafirmam postura contra POGOs ilegais

Joel Anthony reiterou o compromisso do NBI de trabalhar em conjunto com outras agências para combater as operações de POGO ilegais, afirmando: “Continuamos comprometidos em cumprir a diretiva do Presidente de proibir essas atividades e vamos continuar a colaborar com outras agências governamentais para garantir que os envolvidos em operações ilegais sejam levados à justiça.”